"Eis aonde se chega na estrada do politicamente correcto: a intolerância religiosa não é de quem quer proibir os "cartoons", mas de quem os publica!"
Miguel Sousa Tavares, "Expresso", 04-02-2006

Bom Humor?

A publicação de charges de Maomé em diversos jornais europeus causou um surto de revoltas em países muçulmanos contra
as respectivas embaixadas exigindo desculpas formais. Entretanto, o governo na Dinamarca (primeiro pais a publica-las), mesmo reconhecendo a gravidade do caso, enfatizou a liberdade de imprensa e se negou a assumir qualquer responsabilidade:

"O governo ou a nação dinamarquesa não podem ser considerados responsáveis por desenhos publicados em um jornal. O governo não pode pedir perdão em nome de um jornal livre e independente. Esta é uma disputa entre alguns muçulmanos e um jornal"

Rasmussen, Primeiro Ministro da Dinamarca



Honestamente, o comentário mais lúcido que pude encontrar reproduzo abaixo. Diante dessa histeria - chata, exagerada e repetitiva - muçulmana, me pareceu de bom tom o comentário de uma portuguesa.



"Todas as opiniões são legítimas nas sociedades livres e a censura não é admissível. O preço a pagar pelos excessos é infinitamente menor do que o preço a pagar pelos limites"


Teresa de Sousa, PÚBLICO, 03-02-2006